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Foto do escritorThays Feliciano

Vou ampliar minha casa/apartamento... E agora?

Atualizado: 2 de nov. de 2020

O que você precisa saber antes de sair quebrando as paredes... Entenda os casos que necessitam de reforço estrutural.



Na hora de realizar uma reforma que envolva a ampliação dos espaços ou a alteração da planta original, como a remoção de alguma parede, pilar, viga, etc. surgem algumas dúvidas:


- Posso fazer essas alterações? - Se eu fizer isso, minha casa vai apresentar trincas/rachaduras? - Minha casa vai cair se eu tirar uma parede?

Estas reformas são casos típicos que requerem a avaliação da necessidade de reforços estruturais para a sua residência.



Ampliações


No caso de ampliações, onde são adicionados novos pavimentos à edificação, é imprescindível analisar a estrutura existente: as características dos elementos estruturais, tais como suas dimensões e material que compõe a estrutura, como por exemplo, concreto armado, madeira ou aço e sua respectiva capacidade de suporte.



Com o novo pavimento a construir, qual será o acréscimo de carga? A estrutura existente resiste a este aumento de carga, ou será necessário proporcionar um aumento de resistência para esta estrutura, por meio de reforços?



Alteração da estrutura


Um segundo caso para os reforços trata-se da alteração da estrutura em si, quando o cliente opta por remover alguma viga, pilar ou afins, o que consequentemente altera o modelo estrutural da construção e toda a sua distribuição de cargas (pois as cargas a priori resistidas pelo elemento a ser removido, agora serão absorvidas por algum dos outros elementos presentes na edificação).


Saliento que em ambos os casos, a situação deve ser criteriosamente avaliada, por isso a importância de entrar em contato com um profissional da área habilitado, que poderá sanar os questionamentos levantados quanto as opções para reformar uma edificação e realizar a avaliação estrutural da sua residência.



E como fazer isso, em termos executivos? Após a avaliação da estrutura, caso seja identificada a necessidade de reforçá-la de fato, entra uma segunda etapa do estudo, onde deve ser selecionado o tipo de reforço ou técnica mais adequada a ser utilizada.



Quais os tipos de reforços disponíveis no mercado?


No post de hoje trazemos algumas opções interessantes para estruturas de concreto armado, que corresponde ao tipo de estrutura mais utilizada atualmente no Brasil, sendo elas as técnicas do encamisamento e colagem de chapas ou colagem de mantas de fibra de carbono, sucintamente descritas abaixo.



Encamisamento


Nesta técnica acrescenta-se uma camada de concreto (com ou sem armadura, a depender da avaliação estrutural) ao elemento a ser reforçado (pilar, laje, viga, etc.), envolvendo-o, sendo normalmente aplicada em casos de solicitação de esforços fletores.




Por exemplo, quando identifica-se a necessidade de reforçar a seção de concreto devido a esforços de compressão, um aumento da seção somente com concreto na área comprimida pode ser suficiente, no entanto em casos de problemas com esforços de tração é necessário o uso do aço em conjunto com o concreto.


Esta é uma as técnicas mais difundidas no país devido a simplicidade de execução e relativo baixo custo, no entanto possui alguns contras, como produção de elementos estruturais com dimensões finais maiores as iniciais, necessidade de aguardar a cura do concreto para liberação do uso da estrutura e limitações quanto a aderência entre o concreto antigo e o de reforço (para que a peça trabalhe monoliticamente). No entanto, quanto a este último aspecto da aderência, podem ser utilizadas técnicas como as de chaves de cisalhamento, para melhorar o desempenho da técnica de reforço.



Colagem de chapas metálicas ou mantas de fibra de carbono


Neste caso é feita a colagem (normalmente com adesivo epóxi) de uma chapa metálica ou manta de fibra de carbono na face mais solicitada do elemento. Novamente a definição de qual(is) face(s) da estrutura reforçar, dependerá da avaliação estrutural por profissional da área.



Esta técnica se adequa bem para casos de falhas nos estribos, ou seja, necessidade de aumentar resistência a esforços cortantes na estrutura e, também é bastante difundida em nosso país, possuindo aspectos positivos como execução simples e rápida, limpeza na obra (não há necessidade de demolições), pouca alteração nas dimensões originais da estrutura e liberação imediata da estrutura após execução do reforço, diferente dos casos de cura do concreto.


Algumas desvantagens da técnica são a corrosão (no caso das chapas metálicas, a depender do ambiente de exposição), impossibilidade de visualizar fissuras sob as chapas/mantas, possibilidade de vandalismo (principalmente no caso das mantas, devido a falta de conhecimento técnico) e destacamento das bordas do sistema de reforço (devido a concentração de tensões).



Outras técnicas


Existem ainda outras opções de reforço bastante utilizadas para os casos de reabilitação das estruturas, isto é, quando elas apresentam falhas (trincas, fissuras, etc.), sendo elas as de reparo por injeção de resinas epóxicas e de vedação elástica superficial.



Lembrando que os sistemas de reforço são diversos e seria difícil abranger todos os temas em um único texto, por isso é provável que vocês encontrem outras técnicas na literatura.


Não deixe de realizar seus sonhos, entre em contato com a equipe da Renove Engenharia & Design para uma reforma segura e de qualidade, bem pensada, planejada e executada!



Fontes consultadas:

REIS, A. P. A. Reforço de vigas de concreto armado por meio de barras de aço adicionais ou chapas de aço e argamassa de alto desempenho. Dissertação. EESC-USP, São Carlos, 1998.

SILVA, P. M. et al. Vigas de concreto armado reforçadas por meio de encamisamento. Revista eletrônica de engenharia civil, v. 5, n. 2, p. 20-30, 2012.

SOTO, R. C. Reforço e recuperação de vigas de concreto armado. TCC. UFG, Goiânia, 2013.

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